CCV_Americano
06-04-2010, 08:05 PM
Bairros ficaram ilhados e sem energia. Aulas foram suspensas.
Moradores relataram momentos de medo e perigo.
O Rio de Janeiro registrou volume de chuva recorde para um único dia - o maior em pelo menos 44 anos -, causando estragos, deslizamentos e 95 mortes em vários locais da região metropolitana desde a noite de segunda até a tarde desta terça-feira [6].
http://g1.globo.com/Noticias/Rio/foto/0,,39206682-FMM,00.jpg
Pelo menos 200 pessoas foram resgatadas por técnicos da Defesa Civil na cidade do Rio de janeiro desde o início das chuvas até por volta de 13h desta terça. As encostas de todo o Rio correm risco de desabamento.
Chuva recorde
Institutos consultados pelo G1 apontam que o volume é o maior das últimas décadas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os dados indicam que a quantidade foi a mais elevada desde 1962, há 48 anos, quando foi registrado o maior volume em único dia pela série histórica - a medição é feita desde 1917. Já segundo a prefeitura do Rio, o volume registrado bateu o das chuvas de 1966, há 44 anos, quando tempestades também causaram estragos no município.
O Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (Georio), que analisa os dados pluviométricos de 32 locais da cidade, destaca que, somente nos seis primeiros dias deste mês, já choveu na maioria das estações mais do que em todos os meses de abril desde o início da série histórica, de 1997.
http://g1.globo.com/Portal/cda/Multimateria/img/ico-ampliar-foto.gif http://g1.globo.com/Noticias/Rio/foto/0,,39206679-FMMP,00.jpg Foto: Alba Valéria Mendonça/G1
Desabamento por conta das chuvas (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Dados do arquivo do Inmet em Brasília apontam que, no dia 16 de janeiro de 1962, quando fortes chuvas também causaram estragos no município, o volume havia sido de 167,4 milímetros em 24 horas - o Inmet mede os dados na capital carioca desde 1917.
O instituto ainda não tem dados das últimas 24 horas, porque, segundo Lúcio de Souza, meteorologista do instituto no Rio, os técnicos não conseguiram chegar ao trabalho nesta terça.
A estimativa de ser a maior chuva desde 1962 é feita com base nos dados do Georio, cujos dados também são utilizados por institutos como Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) e Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
"Infelizmente não temos informações das nossas estações nas últimas 24 horas, mas os dados prévios [do Georio] mostram que se trata de um recorde", comenta o meteorologista Luiz Cavalcante, do Inmet.
O Georio aponta que, nas últimas 24 horas encerradas 17h11 desta terça, a maioria das 32 estações de medição registraram chuvas acima de 167 milímetros.
Em Vidigal choveu 258 milímetros em 24 horas; na Rocinha choveu 299 milímetros; na Tijuca, 274 milímetros; e no Jardim Botânico, 296 milímetros
Mais cedo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que o recorde era o de 1966, quando foram registrados 245 milímetros em 24 horas. Segundo ele, em 1988, quando houve outra grande enchente, foram 230 milímetros em 24 horas. Em 1996, 201 milímetros em 24 horas; e nesta chuva, 288 milímetros em 24 horas.
Em coletiva à imprensa, os dados foram atribuídos ao Alerta Rio. O instituto informou que começou sua medição em 1997, mas tem informações registradas sobre os episódios de chuva extrema.
Causas
De acordo com meteorologistas ouvidos pelo G1, as chuvas fortes que atingem o rio são "anormais" para a época causadas por dois fatores: o calor acumulado na atmosfera, uma vez que as temperaturas registradas na cidade foram muito elevadas no verão e uma frente fria que passou pela região.
Aquecimento global?
Para o meteorologista Igor Oliveira, do Alerta Rio, ligado ao Georio, não é possível associar o fenômeno, que classificou de "atípico", com o aquecimento global, mas também não se pode descartar sua influência.
Autoridades
O governador do Rio, Sérgio Cabral, destacou que a “grande causa” das mortes são as ocupações irregulares. “Entre os mortos, todos praticamente (estavam) em áreas de risco”, disse, em entrevista por telefone à Globo News, no começo da tarde desta terça-feira [6]. “Pediria pelo amor de Deus que as pessoas que estão em áreas de risco saiam, procurem centros sociais”, completou.
O prefeito Eduardo Paes recomendou, durante a manhã, que a população não saísse de casa. A cidade ficou em estado de alerta máximo. "Nosso apelo é para que as pessoas permaneçam em casa, não saiam de casa, não levem seus filhos ao colégio”, disse Paes. A prefeitura determinou a suspensão das aulas.
Fonte : G1
Moradores relataram momentos de medo e perigo.
O Rio de Janeiro registrou volume de chuva recorde para um único dia - o maior em pelo menos 44 anos -, causando estragos, deslizamentos e 95 mortes em vários locais da região metropolitana desde a noite de segunda até a tarde desta terça-feira [6].
http://g1.globo.com/Noticias/Rio/foto/0,,39206682-FMM,00.jpg
Pelo menos 200 pessoas foram resgatadas por técnicos da Defesa Civil na cidade do Rio de janeiro desde o início das chuvas até por volta de 13h desta terça. As encostas de todo o Rio correm risco de desabamento.
Chuva recorde
Institutos consultados pelo G1 apontam que o volume é o maior das últimas décadas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os dados indicam que a quantidade foi a mais elevada desde 1962, há 48 anos, quando foi registrado o maior volume em único dia pela série histórica - a medição é feita desde 1917. Já segundo a prefeitura do Rio, o volume registrado bateu o das chuvas de 1966, há 44 anos, quando tempestades também causaram estragos no município.
O Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (Georio), que analisa os dados pluviométricos de 32 locais da cidade, destaca que, somente nos seis primeiros dias deste mês, já choveu na maioria das estações mais do que em todos os meses de abril desde o início da série histórica, de 1997.
http://g1.globo.com/Portal/cda/Multimateria/img/ico-ampliar-foto.gif http://g1.globo.com/Noticias/Rio/foto/0,,39206679-FMMP,00.jpg Foto: Alba Valéria Mendonça/G1
Desabamento por conta das chuvas (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Dados do arquivo do Inmet em Brasília apontam que, no dia 16 de janeiro de 1962, quando fortes chuvas também causaram estragos no município, o volume havia sido de 167,4 milímetros em 24 horas - o Inmet mede os dados na capital carioca desde 1917.
O instituto ainda não tem dados das últimas 24 horas, porque, segundo Lúcio de Souza, meteorologista do instituto no Rio, os técnicos não conseguiram chegar ao trabalho nesta terça.
A estimativa de ser a maior chuva desde 1962 é feita com base nos dados do Georio, cujos dados também são utilizados por institutos como Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) e Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
"Infelizmente não temos informações das nossas estações nas últimas 24 horas, mas os dados prévios [do Georio] mostram que se trata de um recorde", comenta o meteorologista Luiz Cavalcante, do Inmet.
O Georio aponta que, nas últimas 24 horas encerradas 17h11 desta terça, a maioria das 32 estações de medição registraram chuvas acima de 167 milímetros.
Em Vidigal choveu 258 milímetros em 24 horas; na Rocinha choveu 299 milímetros; na Tijuca, 274 milímetros; e no Jardim Botânico, 296 milímetros
Mais cedo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que o recorde era o de 1966, quando foram registrados 245 milímetros em 24 horas. Segundo ele, em 1988, quando houve outra grande enchente, foram 230 milímetros em 24 horas. Em 1996, 201 milímetros em 24 horas; e nesta chuva, 288 milímetros em 24 horas.
Em coletiva à imprensa, os dados foram atribuídos ao Alerta Rio. O instituto informou que começou sua medição em 1997, mas tem informações registradas sobre os episódios de chuva extrema.
Causas
De acordo com meteorologistas ouvidos pelo G1, as chuvas fortes que atingem o rio são "anormais" para a época causadas por dois fatores: o calor acumulado na atmosfera, uma vez que as temperaturas registradas na cidade foram muito elevadas no verão e uma frente fria que passou pela região.
Aquecimento global?
Para o meteorologista Igor Oliveira, do Alerta Rio, ligado ao Georio, não é possível associar o fenômeno, que classificou de "atípico", com o aquecimento global, mas também não se pode descartar sua influência.
Autoridades
O governador do Rio, Sérgio Cabral, destacou que a “grande causa” das mortes são as ocupações irregulares. “Entre os mortos, todos praticamente (estavam) em áreas de risco”, disse, em entrevista por telefone à Globo News, no começo da tarde desta terça-feira [6]. “Pediria pelo amor de Deus que as pessoas que estão em áreas de risco saiam, procurem centros sociais”, completou.
O prefeito Eduardo Paes recomendou, durante a manhã, que a população não saísse de casa. A cidade ficou em estado de alerta máximo. "Nosso apelo é para que as pessoas permaneçam em casa, não saiam de casa, não levem seus filhos ao colégio”, disse Paes. A prefeitura determinou a suspensão das aulas.
Fonte : G1