Mercado de games sofre com altos impostos e pirataria
Folha Online
O mercado de games é dominado por grandes estúdios, como Electronic Arts, Ubisoft e Activision. Franquias de sucesso, como Xbox e PlayStation, não são oficialmente comercializadas no Brasil --a Sony anunciou no fim do ano passado que planeja produzir o PlayStation no Brasil, mas não revelou a partir de quando.

"O Brasil tem alguns impostos muito negativos para o crescimento local da nossa economia criativa", afirma Bertrand Chaverot, diretor da Ubisoft Brasil.

"Impostos altos sobre os software de videogames impedem o crescimento dessa indústria e favorecem a pirataria, o que significa favorecer crime e sonegação", diz.

Pesquisa mais recente sobre o mercado, feita pela Abragames, contabilizou 42 empresas que produzem software para jogos eletrônicos no Brasil --tanto jogos quanto parte deles. Elas estão mais concentradas em São Paulo.

O PIB (Produto Interno Bruto) do setor é de R$ 87,5 milhões --43% da produção nacional é destinada à exportação, enquanto quase 100% do hardware fabricado se destina ao mercado interno, segundo a pesquisa.

O faturamento da indústria brasileira representa apenas 0,16% do faturamento mundial com jogos eletrônicos.

De acordo com a pesquisa, "o mercado interno fortemente afetado pela pirataria e pela importação ilegal faz a indústria nacional depender principalmente de exportação".

Artistas gráficos e programadores são os perfis profissionais mais comuns no setor de games. Eles costumam ganhar salários médios de R$ 2.272.