Depois de muita espera e expectativa, finalmente começou o Cartola FC! O maior Fantasy Game do Brasil promete ser ainda mais acirrado esse ano, devido ao grande número de Cartoleiros inscritos para a temporada 2013. No entanto, quem acompanha o Game sabe que muitos acabam ficando para trás pelo simples fato de não compreenderem a mecânica de valorização do jogo. Por isso, vamos tratar aqui desse assunto que é primordial para se conseguir uma boa campanha durante todo o campeonato.

Ter um alto patrimônio é o ponto chave para que qualquer Cartoleiro possa ter fôlego o campeonato inteiro. Afinal, é preciso de recursos para montar times verdadeiramente competitivos. Sim, existem rodadas que infelizmente você não consegue montar um bom time com 160 cartoletas.

As primeiras rodadas são cruciais para construir uma base sólida de patrimônio, o que evitará complicações futuras ou até mesmo a falência. Por isso, depois de muitos estudos e várias análises das edições anteriores, preparamos um material exclusivo para que você comece a temporada no Cartola FC com o pé direito. Tire alguns minutos do seu tempo e leia atentamente. Ao final desse post, você certamente sairá muito a frente de seus rivais. Confira:


Ganhando cartoletas na primeira rodada:

Na primeira rodada, os jogadores são lançados a preços determinados pela equipe do Cartola. A tendência é que os preços mais extremos se aproximem da média, então eles precisam justificar o preço que lhes foi dado. Como? Pontuando! Caso determinado jogador não consiga atingir a pontuação necessária para seu preço, desvalorizará. Se exceder essa pontuação, valorizará. O que podemos tirar com base nisso? Jogadores caros possuem uma grande tendência de desvalorização. Ou seja, escalar Neymar, Ronaldinho, Fred e Cia na primeira rodada é arriscadíssimo. Além de comprometer boa parte do seu patrimônio para montar o restante do seu time, escalar jogadores desse porte pode causar danos irreversíveis aos seus cofres. Vamos utilizar alguns exemplos da temporada 2012:

• Ronaldinho começou custando 22 cartoletas. Na primeira rodada, ele atingiu pífios 0.7 pontos, provocando uma desvalorização de quase 7 cartoletas.
• Oscar, ex-Internacional, começou com o valor de 19 cartoletas. Seus razoáveis 6.5 pontos não foram suficientes para valorizar, e o meia viu seu preço cair quase 2 cartoletas.
• Luis Fabiano iniciou o Game custando 25 cartoletas. Mesmo fazendo 11.9 pontos na primeira rodada, o atacante tricolor valorizou somente 0.67 cartoletas.
• Leandro Damião foi um dos poucos medalhões que valorizaram na primeira rodada. O atacante iniciou custando 25 cartoletas e atingiu 16.8 pontos, valorizando pouco mais de 3 cartoletas.

Como todos os jogadores estão estreando, suas médias serão a pontuação obtida na primeira rodada, e essa média influenciará muito na sua (des)valorização. Caso um jogador não consiga obter uma média alta em relação ao seu preço, a desvalorização é quase certa. Por isso, evite jogadores caros na primeira rodada! Vamos agora exemplificar jogadores baratos que trouxeram muitas alegrias aos cartoleiros na temporada 2012:

• Carlos Cesar, lateral do Atlético-MG, estreou com o preço de 2 cartoletas. 5.2 pontos foram suficientes para valorizar mais de 3 cartoletas.
• Léo Silva, um dos grandes destaques da temporada passada, inicou custando 4 cartoletas. 6 roubadas de bola e uma assistência ajudaram a conseguir 16.1 pontos e uma valorização de quase 10 cartoletas.
• Roberto, goleiro do Atlético-GO, começou custando apenas 1 cartoleta. Na primeira rodada, o arqueiro brilhou e cravou 20 pontos, provocando uma valorização de mais de 13 cartoletas.
• Herrera, ex-atacante do Botafogo, começou custando 5 cartoletas. O atacante terminou a rodada com incríveis 25 pontos e uma valorização de quase 16 cartoletas!

Com base nisso, responda para si mesmo: Quem tem mais chance de valorização, um jogador caro ou um jogador barato?

Após essa explicação, concluímos que: quanto mais barato for o jogador, maior a chance de valorização. É importante ressaltar que existe a possibilidade de jogadores caros conseguirem valorizar, como foi o caso de Leandro Damião, mas estes precisarão de uma pontuação alta e certamente não valorizarão nas mesmas proporções de jogadores baratos que pontuaram bem. Como já dissemos, a valorização está diretamente relacionada com a média e o preço do jogador.

Resumindo: Procure escalar apenas jogadores baratos, de preferência os que custam menos de 15 cartoletas. Lembre-se: o foco das primeiras rodadas é acumular patrimônio, não pontos!

Ganhando cartoletas na segunda rodada:

Completa a rodada de estreia, avançamos para outro estágio de valorização. Nesta segunda rodada, começa a ocorrer a estabilização de preços. Antes de mais nada, é importante deixar claro que no mercado do Cartola FC, não existe inflação, ou seja, a soma dos preços de todos os jogadores será a mesma sempre. Por isso, se um jogador valoriza, outro obrigatoriamente terá que desvalorizar.

Na segunda rodada, jogadores que sofreram uma alta valorização na primeira, tendem a manter essa valorização na segunda, da mesma forma que jogadores muito devalorizados tendem a manter essa desvalorização. A recomendação é que se escale jogadores que possuem média alta em relação a seu preço, normalmente valorizados. Vamos exemplificar com os jogadores apresentados no primeiro tópico:

• Roberto, que custava 1 cartoleta, fez 20 pontos e valorizou 13 cartoletas. Como foi sua primeira rodada, a pontuação obtida foi sua média, no caso, 20, o que é extremamente alta para um jogador que custa 14 cartoletas. Seguindo o que apresentamos inicialmente, um jogador valorizado e com média alta em relação ao preço tende a manter essa valorização. Foi o que aconteceu. Roberto na segunda rodada fez -2 pontos e mesmo assim valorizou 1.24 cartoletas. Por quê? Sua média passou a ser 9, um valor ainda relativamente alto para o seu preço. Vejamos mais um exemplo:
• Herrera custava 5 cartoletas, brilhou com 25.1 pontos e uma valorização de 15.94 cartoletas. Devido a sua média altíssima, mesmo uma pontuação baixa ainda o faria valorizar. Mais que isso, na segunda rodada, Herrera foi muito bem novamente e marcou 9.8 pontos, passando a ter uma média de 17.45 pontos, muito alta para seu preço. O resultado disso é que o argentino rendeu mais 6.35 cartoletas.
• Léo Silva valorizou 9.98 cartoletas na primeira rodada, ficando com uma média de 16.1 pontos para um preço de 13.98 cartoletas. O volante aprontou novamente e marcou 10 pontos, valorizando mais 5.58 cartoletas.

Vamos agora exemplificar com jogadores que desvalorizaram na primeira rodada:

• Ronaldinho veio para a segunda rodada com uma média de apenas 0.7 pontos e uma desvalorização de 6.21 cartoletas. Nessa rodada, Ronaldinho fez 10.1 e elevou sua média para 5.4 pontos, para preço 16. O resultado disso é que Ronaldinho não desvalorizou, mas também ganhou apenas migalhas, 0.61 cartoletas, muito pouco para quem busca cartoletas a todo custo.
• Dátolo iniciou o cartola custando 17 cartoletas. Na primeira rodada o meia fez -4.5 pontos e desvalorizou incríveis 8 cartoletas. Na segunda rodada, com uma média negativa, Dátolo fez 8 pontos e elevou sua média para 2 pontos, para preço 8.93. Também aconteceu o mesmo que Ronaldinho. Não houve desvalorização, mas o ganho foi de apenas 0.23 cartoletas.

Conclusão: jogadores extremamente valorizados tendem a manter a valorização, e jogadores extremamente desvalorizados tendem a manter a desvalorização. Fuja da segunda opção, principalmente se tratando dos medalhões, onde a tendência é que seus preços caiam ainda mais!

Ganhando cartoletas na terceira rodada:

Essa é a rodada mais complicada, visto que é possível observar mais de um critério para valorização. Nela, a valorização de muitos jogadores pode ser influenciada por sua média, preço e variação na segunda rodada, assim como pode ser influenciada somente por sua pontuação na rodada anterior. Tudo isso acontece pelo fato de ser uma rodada de transição, onde os preços ainda estão se consolidando.

A recomendação é que se escale jogadores que fizeram uma pontuação baixa mas que não desvalorizaram. Na pior das hipóteses, jogadores que não possuem uma grande desvalorização. Pudemos observar isso em mais de 80% dos jogadores do ano passado. O jogador que teve má pontuação na rodada anterior tende a valorizar, e vice-versa. O fator determinante para essa variação será justamente sua pontuação na rodada que está por vir. Por isso, tente unir o útil ao agradável. Nessa rodada evite pensar somente em valorização, busque jogadores com boas chances de pontuação que certamente as cartoletas serão fruto disso.

Jogadores estreantes e baratos são uma ótima pedida, assim como jogadores com média alta em relação ao seu preço, e que vem de uma sequência de valorização, também tendem a valorizar. Desde que não façam uma pontuação muito baixa.

Ganhando cartoletas na quarta rodada

A partir dessa rodada, a dinâmica de variação muda em definitivo e permanece a mesma ao longo do campeonato. Opera a velha máxima do jogo: o jogador que teve má pontuação na rodada anterior tende a valorizar, e vice-versa. Ou seja, se um jogador fez 2 pontos em uma rodada e na próxima fizer 10 pontos, valorizará, da mesma forma que se um jogador fizer 15 pontos e na próxima fizer 5, desvalorizará. Deve-se considerar a sua última pontuação. Caso ele tenha possibilidades de repeti-la ou fazer algo semelhante, pode valorizar novamente.



Casos especiais

1. Quando o jogador não disputou a última rodada

Contará a pontuação da última partida em que atuou. Ou seja, se um jogador em uma rodada fez 10 pontos e ficou de fora da seguinte, na próxima rodada ele deve fazer uma pontuação próxima ou maior que 10 pontos para valorizar. Caso contrário, irá desvalorizar.

2. Estreias no meio do campeonato

Nesse caso, o preço conta muito. Evite escalar estreantes caros caso eles não tenham uma expectativa excelente de pontuação. Por outro lado, jogadores que estreiam a um preço muito baixo podem ser grandes sacadas para acumular patrimônio.

3. Segundo jogo no meio do campeonato

Nesse caso pudemos observar algo muito importante. A (des)valorização de um jogador está relacionada com a sua sequência de partidas. Ou seja, se um jogador desvalorizou em sua estreia (com exceção da primeira rodada) e exatamente na rodada seguinte ele estiver em campo, o critério normal será utilizado. Se ele fizer uma pontuação maior que a anterior, valorizará e vice-versa.

Agora, se o jogador desvalorizou em sua estreia e volta a jogar somente depois de 5 rodadas ou mais, ele tende a manter a desvalorização! Acontece o mesmo para quem valorizou.

Vamos exemplificar os dois casos:

• Paulinho estreou na rodada 3 com 0.3 pontos, desvalorizando 5.85 cartoletas. O volante voltou a campo na rodada 9 e mesmo com uma alta pontuação (11.6 pontos), desvalorizou novamente. Nesse caso, 0.03 cartoletas.
• Fred estreou na rodada 4 com -0.7 pontos, desvalorizando 7.28 cartoletas. Exatamente na rodada seguinte, Fred fez 8.7 pontos e valorizou 1.52 cartoletas!
• Digão estreou na rodada 1 com 12.6 pontos e obteve valorização de 7.85 cartoletas. O seu segundo jogo foi na rodada 13, onde ele fez 14.4 e valorizou mais 1.22 cartoletas. Cartoleiros experientes sabem que uma diferença de apenas 1.8 pontos não causa essa variação ao longo do campeonato.
• Seedorf estreou na rodada 11 com 1.2 pontos, desvalorizando 2.44 cartoletas. Na rodada seguinte ele fez simples 3 pontos, valorizando 0.08 cartoletas.

Conclusão: A (des)valorização de um jogador que tem o seu segundo jogo no meio do campeonato está relacionado com a sua sequência de partidas e em alguns casos, também com o seu preço. O fator determinante para essa variação será justamente a pontuação que está por vir.


Texto e edição
Gabriel Pacheco e Mário Ferreira


Fonte:Cartola FC