As vendas de Chromebooks -- notebooks com o sistema Chrome OS, do Google, feito para rodar aplicativos na nuvem -- podem dobrar ou até triplicar no segundo semestre, diz o noticiário taiwanês Digitimes.

Se a estimativa estiver correta, será uma boa notícia para Acer, Lenovo, HP e Samsung, os fabricantes de Chromebooks. E será uma má notícia para a Microsoft, já que o Chrome OS compete com o Windows. Será, ainda, um forte indicador de que a transição da computação pessoal para a nuvem está se acelerando.

O Digitimes fez sua projeção com base nas encomendas de peças recebidas por fornecedores taiwaneses. O noticiário tem boas fontes, mas não é rigoroso ao verificar as informações e, Ã*s vezes, erra. Por isso, convém ver esses dados com cautela.

De qualquer modo, é possível que a projeção esteja correta. Os Chromebooks são vendidos em poucos países. Se forem oferecidos em mais lugares no mundo, o volume de vendas pode crescer rapidamente. Além disso, a expansão da internet móvel 4G está tornando esses notebooks atraentes para mais usuários.

Segundo o Digitimes, o Google quer aproveitar a fraca demanda pelo Windows 8 para ampliar a presença do Chrome OS no mercado de PCs. Para isso, conta com apoio da Intel e, mais recentemente, da AMD.

O noticiário diz que há fabricantes, como a Asus, planejando entrar nesse mercado. E afirma que os fornecedores atuais estão ampliando a produção. A Acer vai multiplicá-la por três no segundo semestre; e, a Samsung, por quatro. HP e Lenovo também estariam elevando os volumes de fabricação.

Há diversas razões que têm limitado o sucesso dos Chromebooks até agora. A mais óbvia é que eles exigem acesso permanente Ã* internet, já que o Chrome OS funciona com aplicativos e serviços na nuvem.
Isso é um problema em países como o Brasil, onde o acesso sem fio Ã* internet, via Wi-Fi ou rede celular, tem limitações de área de cobertura, velocidade e confiabilidade. Mas o problema é menos significativo em países onde as redes celulares 4G já estão disseminadas, ao menos nas áreas urbanas. O 4G pode encorajar mais pessoas a terem um Chromebook em vez de um laptop convencional.

Outro problema dos Chromebooks é que eles estão Ã* venda em poucos lugares, algo que pode mudar se o volume fabricado crescer como prevê o Digitimes. Mesmo nos Estados Unidos, as vendas se concentram em alguns varejistas, como a Amazon.

Nessas lojas, esses laptops fazem sucesso desde que os primeiros modelos foram lançados, em 2011. Custam entre 200 e 1.449 dólares. Os modelos mais caros (caros demais na opinião de muita gente) são da sofisticada série Chromebook Pixel, do Google, Ã* venda na loja online Google Play.

Fonte: RevistaInfo