Tiroteio em base naval de Washington deixa 13 mortos


Um militar veterano abriu fogo contra uma base naval em Washington nesta segunda-feira em uma explosão de violência que matou 13 pessoas, incluindo o atirador, e desencadeou ondas de pânico na instalação militar a poucos quilômetros da Casa Branca e do Congresso dos Estados Unidos.

A polícia federal (FBI) identificou o suspeito como Aaron Alexis, de 34 anos, de Fort Worth, no Texas, um prestador de serviços da Marinha que frequentou um templo budista e tinha duas passagens na polícia relacionadas a armas de fogo. Ele foi dispensado da reserva da Marinha em 2011 após uma série de problemas de má conduta, disse um oficial.

Alexis foi morto em um dos vários tiroteios com a polícia.

O motivo e a forma como violou a segurança ainda eram desconhecidos. Cerca de 12 pessoas ficaram feridas, disse o prefeito de Washington, Vincent Gray, embora não ficou claro quantas delas foram baleadas.

Horas depois do incidente, a polícia ainda procurava um segundo suspeito em um incidente que levantou dúvidas sobre a segurança na base naval em Washington, que fica cerca de 1,6 quilômetro ao sul do Congresso e a 5 quilômetros da Casa Branca.

De alguma forma, o atirador conseguiu entrar no Naval Sea Systems Command Ã*s 8h20 da manhã (9h20 em Brasília) e começou a atirar nas pessoas desde um átrio no quarto andar, disseram testemunhas.

Os disparos desencadearam uma confusão, com alarmes de incêndio soando e agentes de segurança gritando para as pessoas deixarem o prédio. Centenas fugiram e algumas pessoas subiram muros para escapar dos tiros. Um anúncio de alto-falante ordenou Ã*queles que permaneceram no edifício a ficar em seus escritórios.

Há dois procedimentos de identificação para ter acesso ao local onde o tiroteio ocorreu: um para entrar na base e outro para acessar o prédio, segundo uma fonte que trabalha no local e que pediu anonimato.

Oficiais de patrulha da polícia e equipes de atiradores ativos que responderam aos chamados travaram um tiroteio com o homem até que ele foi morto, afirmou a chefe da Polícia Metropolitana de Washington, Cathy Lanier.

"Todo mundo estava em pânico e tentando decidir por qual caminho sair. Alguns simplesmente saíram correndo pela saída lateral", disse a jornalistas Patricia Ward, que trabalha no local.

Seguranças disseram Ã*s pessoas: "corram, corram e corram", disse Patricia.

Foi o pior ataque contra uma instalação militar do país desde que o major do Exército Nidal Hasan abriu fogo contra soldados desarmados em Fort Hood, no Texas, em 2009, matando 13 pessoas e ferindo outras 31.

Hasan, que disse ter agido em retaliação Ã*s guerras dos EUA em países muçulmanos, foi condenado e sentenciado Ã* morte por um júri militar em agosto.

"Nós estamos enfrentando mais um tiroteio em massa, e hoje isso aconteceu em outra instalação militar, na capital da nossa nação", disse o presidente do país, Barack Obama, que prometeu promulgar medidas de controle de armas, depois que um atirador matou a tiros 20 crianças e seis adultos em uma escola primária, em Connecticut, em dezembro.

Alexis, conhecido por frequentar um templo budista, serviu nas forças armadas e, mais recentemente, estava estudando enquanto trabalhava no setor privado, disse o pai dele, Algernon Alexis, Ã* Reuters em uma entrevista por telefone.

"Isso é um choque completo", disse Algernon quando informado que seu filho era o suspeito.

Alexis serviu em tempo integral na reserva da Marinha dos Estados Unidos de maio de 2007 a janeiro de 2011, chegando ao posto de terceira classe, além de ter recebido condecorações, disse um oficial da Marinha Ã* Reuters.

Ele trabalhava para uma empresa subcontratada da HP Enterprise Services, chamada "The Experts" (Os Especialistas). Ele teria sido contratado para atualizar equipamentos usados na rede interna da Marinha.

"A HP está cooperando plenamente com as autoridades de segurança conforme solicitado", disse o diretor de relações com de mídia corporativa da Hewlett-Packard, Michael Thacker, em comunicado.

No entanto, ainda não estava claro se Alexis trabalhava em uma capacidade civil na base naval no momento do incidente, disseram autoridades.

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