15 provas de que o Google é mesmo um adolescente


O Google completa hoje 15 anos, ápice da adolescência humana. Esse período turbulento traz crises de identidade, hormônios explosivos e desavenças com autoridades. E não poderia ser diferente com a gigante das buscas. Analisamos a trajetória da companhia e encontramos as seguintes provas irrefutáveis de que, realmente, o Google é um adolescente:

1 – Hormônios Ã* flor da pele

Casos tempestuosos de amor, brigas por causa de pretendentes... Quem nunca passou por isso nesses anos terríveis? O Google também sofre. Recentemente, o brasileiro Hugo Barra, um dos executivos mais importantes da divisão Android, deixou a empresa em meio a rumores de que sua ex-namorada, parte da equipe de marketing do Glass, agora estaria saindo com Sergey Brin. Brin, aliás, é conhecido pelos seus casos com garotas do Google e, recentemente, desmanchou um casamento.

2 – Crise de identidade

Um logo com volume e cores fortes, ou plano e levemente desbotado? A empresa passa por um processo de redesenho de seus produtos mais famosos, como o Gmail, Mapas e o navegador Chrome. Apesar de ainda haver um desalinho entre as diferentes identidades visuais, lembre-se que todo mundo passa por isso na adolescência.

3 – Mente inquieta

Quantos projetos... Conhecida pela filosofia de “mirar a Lua†em seus objetivos, a empresa faz isso literalmente. O Lunar X Prize, por exemplo, estimula times de astrônomos e engenheiros a enviar um veículo Ã* superfície lunar. Mas há muitas outras ideias fervilhando nos laboratórios da companhia: carros autônomos, balões de wi-fi, internet ultraveloz...

4 – Inconstância

Mas, como com qualquer adolescente, nem todos esses projetos vingam. Há cerca de 80 produtos descontinuados pelo Google nos últimos 15 anos. Alguns deixaram saudades, como o Reader. O leitor de RSS da empresa deixou um buraco no coração de muitos usuários fiéis, que outras empresas ainda tentam ocupar.

5 – Espinhas

Outros projetos, no entanto, não deixaram ninguém com saudades e foram espremidos com força para fora do universo Google. A cicatriz ficou apenas na lembrança dos usuários, e das equipes que trabalharam em iniciativas como o Buzz (um tipo de Twitter embutido no Gmail) e o Wave (inexplicável tentativa de revolucionar o email com ferramentas de bate papo e troca de arquivos em grupo).

6 – Pensa que será jovem para sempre

A empresa não só pensa nisso, como trabalha duro para que a velhice tarde a chegar. Neste mês, Larry Page anunciou o lançamento da Calico, empresa independente que vai desenvolver técnicas para retardar o envelhecimento humano. A empresa é liderada pelo bioquímico Arthur Levinson, ex-chefe da Genentech.

7 – Problema com autoridades

A empresa esteve no centro do escândalo do projeto PRISM, um suposto programa da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos que utilizava a estrutura de empresas de tecnologia para espionar usuários comuns. Apesar de Larry Page ter negado colaboração com a NSA, há suspeitas de que os agentes possam ter coletado os dados diretamente de seus servidores, por meio de grampos eletrônicos.

8 – Despreza a opinião dos mais velhos

Na semana passada, Steve Ballmer, atual CEO da Microsoft, deixou clara a sua opinião sobre o Google e sua rede de publicidade: trata-se de um monopólio que deve ser debatido e investigado pelas autoridades que regulam a concorrência nos Estados Unidos. Qual a opinião do Google sobre isso? Nem uma palavra. Afinal, quem se importa? O veterano da Microsoft vai se aposentar, mesmo...

9 – Crescimento acelerado

A expansão física do Google impressiona ainda hoje. Nos últimos dias, a empresa foi notícia no Vale do Silício por comprar e alugar, em menos de um mês, mais de 90 mil metros quadrados de espaço para escritórios. Nos acordos mais recentes, a empresa pagou 246 milhões de dólares por sete prédios em Mountain View. Toda essa estrutura deve abrigar até 5,8 mil novos empregados. "Nunca havíamos visto um crescimento desse tipo na Bay Area", diz Tom Foremski, editor de um site que cobre tecnologia na região, ao San Jose Mercury News.

10 – Apetite descomunal

O Google se alimenta como um adolescente depois de uma partida de futebol. Qualquer startup com uma nova tecnologia que possa agregar aos futuros projeto da empresa é engolida pela gigante das buscas. Uma de suas últimas e mais comentadas aquisições foi a da startup Bump, que desenvolveu um produto de troca de dados a partir da aproximação de celulares.

11 – Quer ser astro de cinema

O Google chegou a um novo patamar de exposição com o lançamento da comédia "Os Estagiários", um longa cuja trama é totalmente baseada na empresa. O enredo gira em torno de dois quarentões que entram para o programa de estágio da companhia e precisam se adaptar Ã* sua cultura inovadora no processo. Sergey Brin faz duas pontas no filme, e agora também é oficialmente um astro de Hollywood.

12 – Não desgruda do celular

A compra da Motorola e o recente lançamento do Moto X mostram que celulares fazem parte importante na estratégia de crescimento do Google. Mas a relação com esses dispositivos não se limita apenas ao hardware, claro. O sistema operacional Android se tornou uma das marcas mais reconhecidas da empresa, liderando o mercado de smartphones e abastecendo aparelhos de gigantes como Samsung e HTC. E aguarde pelo Nexus 5...

13 – Metido a artista

Claro, o Google é uma empresa de tecnologia, mas quem disse que não pode haver uma veia artística no que ela faz? Em ocasiões comemorativas, seja o aniversário de alguma personalidade ou uma data memorável, os famosos doodles decoram o logo original com piadinhas e ilustrações.

14 – Círculos sociais importam

Na puberdade, grupos de amigos importam, e para o Google também. Sua maior investida na área de redes sociais, o Plus, baseia-se em diferentes círculos que agrupam nomes conhecidos do usuário. Outro ponto em comum com a vida de um adolescente sofredor: a popularidade do Google+ não é das maiores.

15 – Não liga para nada

Que empresa tem um cofundador viciado no festival hippie-nerd Burning Man, para onde ele vai vestindo macacão prateado? Qual companhia mata produtos que os consumidores amam, como o Reader, em nome de sua própria estratégia? O Google age assim, rebelde, sem ligar muito para a opinião dos outros. Claro que há o outro lado dessa atitude: energia aparentemente ilimitada para criar produtos incríveis e, no fim do dia, facilitar a vida de todo o mundo. Parabéns, Google!