Sonda espacial Osiris REX vai ao encontro de asteroide de 500m de largura.
Ela deve chegar a Bennu apenas em 2018 e retornar à Terra em 2023.


A agência aeroespacial norte-americana (Nasa) tem tudo pronto para lançar nesta quinta-feira (8) a sonda espacial Osiris REX, que irá ao encontro do asteroide Bennu para entender a "infância" do Sistema Solar.
A sonda, batizada como Origens, Interpretação Espectral, Identificação de Recursos, Segurança e Explorador de Regolitos (Osiris-REX, na sigla em inglês) pretende chegar ao asteroide, coletar amostras de sua superfície com seu braço robótico e retornar à Terra para análises.
Dante Lauretta, pesquisador principal da missão, afirmou em entrevista coletiva nesta semana que a obtenção de amostras para análise minuciosa e em profundidade, na Terra, é o fator fundamental desta missão.
Bennu, que tem 500 metros de largura e viaja a cerca de 100 mil km/h, foi escolhido pela Nasa como o objeto da missão por se tratar de um asteroide primitivo, cuja superfície está coberta com materiais similares aos que predominavam no início da formação do Sistema Solar.
A sonda Osiris-REX deve chegar ao asteroide apenas em 2018, e vai mapeá-lo em detalhe, calcular sua composição e medir seu movimento antes de coletar as amostras (pelo menos 60 gramas de material) e retornar à Terra, em setembro de 2023 (se tudo sair como planejado).

Missão inédita

Esta é a primeira missão da Nasa em que se envia uma sonda para coletar amostras de um asteroide e retornar com elas à Terra - algo que a Agência Espacial Japonesa já fez há uma década com a missão Hayabusa e o asteroide Itokawa.
Composto principalmente por carbono e muito provavelmente por silicatos alterados pela presença de água, Bennu tem materiais mais parecidos com os que havia no princípio da formação do Sistema Solar porque o asteroide não sofreu tanto aquecimento graças à sua distância do Sol.
Situado a uma órbita a cerca de 480 mil quilômetros da Terra, o asteroide é considerado próximo ao nosso planeta, já que a grande maioria está no denominado cinturão principal, uma espécie de anel entre Marte e Júpiter.

Fonte: G1.