Caso Daniel Alves: defesa questiona no recurso a versão da vítima

No recurso apresentado na última segunda-feira, a defesa de Daniel Alves questionou o depoimento da jovem de 23 anos que acusa o lateral-direito de estupro. O documento traz o argumento de que a suposta vítima teria entrado no banheiro da boate Sutton, de Barcelona, no dia 30 de dezembro, dois minutos depois do brasileiro.

As informações são do jornal "La Vanguardia", e foram publicadas nesta quarta-feira.

O recurso da defesa de Daniel Alves foi elaborado pela equipe de advogados liderada por Cristóbal Martell. Eles analisaram mais de sete horas de imagens das câmeras de segurança e agora insistem que o relato de vítima e as gravações não coincidem.

Segundo as informações do "La Vanguardia", nesse intervalo de dois minutos entre a entrada de Daniel Alves e a da jovem, ela teria falado primeiramente com suas duas amigas e um garçom. Ela ainda teria entrado no banheiro sem que o jogador brasileiro tivesse aberto a porta.

Por outro lado, a mulher teria relatado à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos até que o jogador "levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada". Depois, ele pediu para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido a agressão sexual.

Sempre de acordo com o depoimento da denunciante, ela teria tentado sair do banheiro, mas foi impedida. Daniel Alves a teria penetrado de maneira violenta até ejacular. Sem preservativo, segundo a advogada da jovem, Ester García Lopez, relatou ao "UOL".

Na terça-feira, o mesmo jornal trouxe a informação de que o advogado de Daniel Alves via "margem para a defesa" do jogador e confiava na liberdade provisória.

A equipe de advogados liderada por Martell apresentou na última segunda-feira o recurso pela liberdade provisória do atleta perante a Justiça de Barcelona. O documento de 24 páginas se concentrou em argumentar que não há risco de Daniel Alves fugir da Espanha.

O recurso foi apresentado no Tribunal n.º 15 de Barcelona e entregue ao advogado da vítima e ao Ministério Público, que terão mais cinco dias para apresentar as alegações, tentando justificar porque Daniel Alves tem que permanecer em prisão preventiva.

Daniel Alves está preso preventivamente desde o dia 20 de janeiro, em Barcelona, acusado de agressão sexual, que teria sido cometida no último dia 30 de dezembro. Ele nega ter cometido o crime do qual é acusado.

Recurso sustenta que relação foi consensual
Além disso, o recurso apresentado pela defesa de Daniel Alves alega que a relação entre ele e a jovem foi consensual. É o que informa nesta quarta-feira o jornal "El Mundo".

De acordo com o documento, a jovem, sua prima e uma amiga compartilharam "de modo lúdico e festivo" com Daniel Alves e seus acompanhantes na área VIP da boate Sutton.

Fonte:GE