Introdução:

O primeiro Mega Man, lançado em 17 de dezembro de 1987, foi um marco tanto para a Capcom quanto para o Nintendinho (NES). Com sua dinâmica aparentemente simples no gênero de ação no formato de plataforma, o game trazia o personagem principal que dá nome à série - chamado no Japão de Rockman e que foi inspirado na série de anime Astroboy, pela grande afinidade do seu criador, o designer Keiji Inafune -, com a missão de passar por diversas fases, ambientadas em diferentes locais, com chefões e novos tipos de arma a cada vitória.
O objetivo do game era vencer o maligno Dr. Albert W. Wily, um cientista que se revoltou contra a humanidade por não ter sido reconhecido pela invenção que criara com o seu companheiro Dr. Thomas Light, constituída de robôs que realizavam tarefas que ajudavam as pessoas, tais como trabalho de dona de casa, lenhador, operário, entre outros. Para se vingar, Dr. Wily resolve colocar seis tipos desses robôs contra os humanos, fazendo com que o Dr. Light tenha que intervir, alterando um dos seus robôs originais para se tornar Mega Man, o herói da pátria.

Em mais de 20 anos, a série contabilizou mais de 23 jogos lançados, e agora volta mantendo as mesmas características que a tornaram tão popular: gráficos totalmente em 2D, uma jogabilidade simples, alto grau de desafio, porém, extremamente viciante. O último game da série Mega Man, sem contar as outras versões como Mega Man X, ZX, Zero, etc, saiu há 12 anos, então é certamente um retorno bastante significativo. Então se preparem, pois o “azulzinho” está de volta, e tão bom quanto nas primeiras aparições!



História:

“In the year 20xx....”, após muito tempo, Mega Man restaurou a paz no mundo, mas, como não poderia deixar de ser, o mal uma hora volta à tona, Robôs começam a entrar em malfuncionamento e a destruir tudo, Mais uma obra de Dr. Willy! Porém, ele vai à TV e joga a culpa em Dr. Light. Dr. Light é preso e cabe agora ao Mega Man limpar o nome de seu criador!

Jogabilidade:

A boa jogabilidade dos Mega Man clássicos está de volta, e o jogo está difícil, mas difícil mesmo. Talvez um dos jogos mais difíceis que joguei em anos. Quem é iniciante na série, vai penar um pouco até pegar a manha para passar das fases e matar os chefões, mas para quem é habituado com a série, o reconhecimento será instantâneo e vai se sentir em casa.
Os controles no PlayStation 3 respondem perfeitamente bem. O sistema de passwords foi jogado no lixo para a felicidade geral da nação-gamer, e agora temos um sistema de saves e uma loja de itens para comprarmos, além de conquistas diversas como “zere o jogo em menos de 2 horas”, “mate X inimigos”, “mate todos os chefões com apenas com o Mega Buster”, e ainda teremos conteudo adicional disponível em outubro, sendo um dos destaques o fato de você habilitar o Proto Man (irmão mais velho de Mega Man, que fez sua primeira aparição em Mega Man 3) no jogo.
A única novidade nos modos de jogo é o Time Attack, que traz um relógio no canto da tela marcando qual é o seu tempo recorde para terminar cada estágio. Temos também um Ranking Global que permite a comparação de tempo e disputa de quem consegue os melhores tempos, e que serve ainda para o modo de jogo normal.


Gráficos:

Se você estava esperando um Mega Man totalmente renovado e com gráficos em alta definição, som 5.1, efeitos em 3D, entre outras novidades, corre o grande risco de ficar desapontado, ao ver esse game rodar nos consoles da nova geração. Os gráficos são identicos aos de Nintendo de 8-bit (fazendo com que não inclua nem o suporte a telas widescreen). Para os fãs da série, é impossível não sentir uma forte e maravilhosa nostalgia (assim como senti, quando ouvi a musica de entrada pela primeira vez), mas para quem não é fã ou não conhece muito a franquia, ou ainda começou na série X, isso pode causar uma certa estranheza.
Mas levando em conta que o visual retro foi uma escolha da Capcom, os gráficos estão ótimos (para um jogo nos padrões do NES), as sprites são muito bem desenhadas (minha preferida até agora é a da Splash Woman). E tem até aqueles erros típico do velho NES, com uma opção chamada Legacy Mode (as sprites ficarem piscando, com dano, ou erros quando você bate em algum inimigo sem querer), embora possa ser desligado.


Áudio:

Trilha sonora orquestrada? Esqueça... Tudo no game foi feito para resgatar a ambientação dos consoles de 20 anos atrás, e se você não estiver consciente disso terá outra decepção. Mega Man 9 é traz músicas puramente da geração 8-bit, com midi na sua melhor forma! Destaque para a MARAVILHOSA musica da fase de Tornado Man.
Os sons da série estão de volta também, como o barulho de seu Mega Buster, e o som de quando você morre em algum espinho ou inimigo (acredite, vai ocorrer, muito).



Multiplayer:

O jogo não possui suporte a multiplayer.


Conclusão:

Se você é fã da era 8-bit em toda sua glória e de um dos mascotes mais marcantes desta época, certamente não pode deixar de escapar essa chance de jogar Mega Man 9, caso ainda não tenha feito, para zerar uma, duas, três ou quatro vezes. Para aqueles que gostam de um bom desafio e um forte ar de nostalgia, Mega Man 9 foi feito para você!
Com musicas cativantes, fases muito bem feitas, chefões criativos, Mega Man pode ser considerado um dos melhores lançamentos na Xbox Live Árcade, PlayStation Network ou Virtual Console. Mesmo considerado por um preço relativamente caro (US$ 9,99 para PS3, 800 Points para X360 e 1000 Points no Wii), vale cada centavo investido no jogo.
Só não é recomendado para quem não viveu a época de ouro ou espera gráficos, áudio e outros recursos de ponta em um lançamento. Fora isso, se mantiverem essa qualidade, que venham Mega Man 10, 11 e muitos outros!







Ficha Tecnica

Produtora:
Capcom

Distribuidora:
Capcom

Preço Médio:
U$ 9,99

Estilo:
Ação e aventura no estilo plataforma.

Jogos Parecidos:
Série Mega-Man

Plataforma Testada:
PlayStation 3
Plataformas:
Xbox 360 | PlayStation 3 | Wii |